Entrevista no twitter (@Fabianerj)

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Sim, temos um twitter (@SOpinguins), e o aproveitamos para poder saber qual a opinião do 'povo' em relação aos problemas climáticos, através de uma entrevista. A primeira pessoa a se disponibilizar para nos ajudar foi a Fabiane (@Fabianerj):

SOP: O que sabe sobre o aquecimento global?

Fabiane: Aquecimento global é provocado por poluição, falta de cuidados com o ar, a água e o solo.

SOP: O que você faz para tentar amenizar esses efeitos?

Fabiane: No dia-a-dia é comum não prestar atenção a "pequenos" cuidados, como: evito derramar óleo utilizado na pia, não jogo determinados tipos de alvejante na água, procuro reutilizar ao máximo garrafas plásticas.

SOP: Se você tivesse uma quantidade X de dinheiro agora, o que faria com esse dinheiro para ajudar ao meio ambiente?

Fabiane: Primeiro trataria do saneamento... E estações de tratamento... Procuraria empresas que poluem a água, por exemplo, e iria propor novas ações de negócio... Onde quem aderisse... ganharia ações na bolsa.

SOP: Dê um recado para as pessoas sobre mudanças climáticas/aquecimento global/meio ambiente.

Fabiane: Meu recado é que tenham dignidade e respeito com a natureza, assim como a natureza tem conosco. Sem valores não adianta pensar em mudanças climáticas/aquecimento global/meio ambiente pois tudo é um conjunto e fazemos parte dele.

Gosto da forma que vocês atuam... É inspirador e bonito... jovens devem alimentar sonhos, esperanças e alcançar realizações que façam diferença em suas vidas. A vida é uma só!

Por Adriano

Trabalho de Campo - Braskem e Corsan Sitel

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No dia 28 de maio, a turma do terceiro ano do Bom Conselho, foi visitar o pólo petroquímico de Triunfo – Copesul-Braskem e a Corsan Sitel, para um trabalho de campo. No pólo, conhecemos os processos aos quais o petróleo passa até se transformar nos plásticos e borrachas que utilizamos atualmente. Já na Corsan Sitel, os efluentes (que são os resíduos sólidos e líquidos resultantes do pólo) são tratados e devolvidos a natureza.

Processos do Pólo
Depois que o petróleo é extraído, ele é refinado para produzir alguns subprodutos, como a nafta (principal matéria-prima da cadeia produtiva da petroquímica e do plástico no Brasil, seguido do gás natural), gasolina, diesel e gás. Esse subproduto, Nafta, vem da Refap (estatal da Petrobras) e chega ao pólo através de tubulações que a levam até o sistema de processamento petroquímico. Ela pode também vir por meio de um terminal portuário, que tem um monitoramento biológico, por meio do transporte ferroviário ou então pelo Rodoviário. Lá no pólo ela passa por três gerações distintas, até chegar ao nosso dia-a-dia.

Gerações
- A primeira geração consiste no craqueamento da nafta, que resulta nos insumos necessários para a produção de resinas – importantes para a segunda geração - como o eteno, o propeno e aromáticos. Ela é armazenada em tanques redondos (gás) e no formato cilíndrico (líquido). Esses tanques possuem como medida de segurança, um teto móvel, pois a nafta é muito volátil. Outra medida de seguranças são os flares, que são torres onde no pico ficam acesas chamas para que se algum produto vazar ele é queimado, evitando assim alguma situação catastrófica.

- A segunda geração consiste na produção de resinas, tais como o polietileno e o PVC do subproduto eteno e o polipropileno do subproduto propeno. Estes são chamados de resinas termoplásticas, porque quando aquecidas amolecem, permitindo que sejam fundidas e moldadas inúmeras vezes.

- A terceira geração é quando as empresas transformadoras de plástico (terceirizadas) utilizam as resinas da Braskem para fabricação de embalagens, brinquedos, componentes automotivos, utilidades domésticas, peças para a indústria eletroeletrônica e para a construção civil, entre outros.
A Braskem é rodeada por um 'cinturão verde' que nada mais é que uma área verde, ou uma mata, que isola os complexos do pólo e reduz o impacto sonoro devido às atividades industriais. Outro fator benéfico para o meio ambiente é que as emissões do pólo não são prejudiciais, já que são somente vapores de água, sendo que todos os processos petroquímicos da Braskem são monitorados por órgãos regulamentadores, como a Fundação Isobotânica.









Na Corsan Sitel (Superintendência de Tratamento de Efluentes Líquidos), os efluentes que vem do pólo, passam por vários tratamentos até poderem ser devolvidos novamente à natureza. Para que esses efluentes possam ser tratados, a temperatura, o ph e outros do mesmo têm de estar adequados à Sitel. São classificados em orgânicos e inorgânicos, onde o mais complexo é o orgânico, já que tem de passar por processos físico-químicos e biológicos. Porém, os inorgânicos só necessitam de um polimento final.
Na Sitel, os processos de tratamento se dão em três etapas.
1º. São eliminados os materiais flutuantes e grosseiros;
2º. É eliminada a matéria orgânica através do processo de lodo biológico (bactérias que degradam a matéria).
3º. No processo de filtração, são eliminados os sólidos remanescentes;
4º E por fim, o efluente orgânico tratado se junta ao inorgânico e é conduzido para as lagoas de estabilização em série, para polimento final. O efluente finalmente é disposto sobre o solo por aspersores e tubulação perfurada. O lodo em excesso, gerado no processo na etapa secundária, é disposto no solo em local chamado "Fazenda de Lodo".
A SICECORS (Sistema Centralizado de Controle de Resíduos Sólidos do Pólo Petroquímico do Sul). O SICECORS recebe, dispõe e trata os resíduos fazendo uso das unidades operacionais:
- Aterro sanitário (resíduos de linha verde)
- Valo de Tratamento e Disposição (Resíduos de linha amarela e vermelha), que são valos de concreto ou argila, revestidos com filme impermeabilizante.
- Pátio de estocagem: área destinada à armazenagem provisória de embalagens e tambores.
As unidades operacionais são preparadas de modo a evitar-se a contaminação do solo, águas subterrâneas e superficiais.
O líquido resultante destas unidades é encaminhado à bacia de Equalização, através de sistemas de drenagens. Desta bacia o efluente líquido é encaminhado ao SITEL para tratamento.

Classificação dos resíduos sólidos:
- Resíduos Sólidos Comuns (Linha Verde): resíduos provenientes das limpezas das áreas de escritórios, refeitórios, sanitários e similares, passíveis de decomposição biológica;
- Resíduos Sólidos Industriais Especiais (Linha Vermelha): resíduos provenientes do processo industrial e/ou sistemas de tratamento e efluentes não passíveis de tratamento convencional.
- Resíduos Sólidos Industriais (Linha Amarela): resíduos provenientes do processo industrial e/ou sistemas de tratamento de efluentes não biodegradáveis, não perigosos, insolúveis em água, podendo receber um tratamento mais simplificado.





Superfície dos oceanos está ficando mais quente desde 1993

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As influências antrópicas estão chegando até nossos oceanos. De acordo com o G1, "a água do mar se expande quando é aquecida, o que pode responder por um terço ou até metade da elevação global do nível dos oceanos, segundo alguns cientistas.

"Um novo estudo internacional, onde a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (Nooa) dos EUA, o Departamento de Meteorologia do governo britânico, a Universidade de Hamburgo (Alemanha) e o Instituto de Pesquisas Meteorológicas Do Japão participam, diz que a camada superior dos oceanos tem se aquecido continuamente desde 1993, o que é um forte sinal do aquecimento global e um importante fator para a elevação do nível dos mares. Segundo o oceanógrafo da NASA, Josh Willis, “O oceano é o maior reservatório de calor no sistema climático, então, conforme o planeta se aquece, estamos descobrindo que 80% a 90% do calor acrescentado acaba no oceano”.

Os cientistas avaliaram diferentes estimativas feitas entre 1993 e 2008, e estimaram que a quantidade de calor presente na camada superior dos oceanos cresceu nesse período. De acordo com eles, a energia armazenada na forma de calor nos mares seria suficiente para manter acesas cerca de 500 lâmpadas de 100 watts para cada pessoa do planeta.

Fonte: link

"O Segredo do Efeito Estufa Está nos Oceanos"

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O aquecimento global entrou na pauta de prioridades da NASA. O físico Warren Wiscombe, 54 anos, anunciou na COPPE (Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pos-Graduacao e Pesquisa de Engenharia) que em 1999 a NASA estará lançando a plataforma espacial AM-1 para detectar os principais fatores responsáveis pelo processo de aquecimento global. O pesquisador da NASA esteve no Brasil, ministrando um curso sobre efeito estufa, no curso de pós-graduação em Ciências Atmosféricas da COPPE. Segundo Wiscombe, o segredo do processo pode estar nos oceanos.

Especialista nos efeitos das nuvens sobre o clima, Warren Wiscombe, que trabalha há 14 anos no Laboratório NASA, no Goddard Space Flight Center, em Maryland, deu uma entrevista exclusiva para o Planeta COPPE sobre as mais recentes revelações da Ciência sobre o aquecimento do Planeta.

Planeta - Que métodos o Sr. vem utilizando para estudar o aquecimento Global?

W.W. - Realizo pesquisas sobre a interação entre as nuvens e os raios solares. O quanto de luz as nuvens refletem e o quanto elas absorvem. E, é claro, a quantidade de radiação solar que é transmitida para a superfície da terra. Esta é uma importante área de estudo. As pesquisas sobre o aquecimento global, utilizando-se os grandes modelos climáticos, registram que a nuvem é o elemento variante.

Planeta - Até agora o que se sabe realmente sobre o papel das nuvens no processo de aquecimento global?

W.W. - Este é o problema. Não sabemos se as nuvens afetam o clima da terra esquentando-o ou esfriando-o. As nuvens podem influenciar de duas maneiras. Elas refletem os raios solares, impedindo que eles cheguem a superfície, resfriando a Terra. Por outro lado, a presença de nuvens durante a noite tende a elevar a temperatura. Elas liberam radiação infra - vermelha captada ao longo do dia. Então, não se sabe o que prevalece: se o esfriamento provocado pelos raios solares refletidos pelas nuvens ao dia, ou o aquecimento pela liberação de radiação infra-vermelha à noite. É nesse ponto que os modelos climáticos diferem.

Planeta - De que forma o efeito estufa vem atingindo o Planeta?

W.W. - Primeiro, é preciso deixar claro uma coisa. Sem o efeito estufa a Terra estaria coberta de gelo. O efeito estufa faz parte de um processo natural que permite a perpetuação da vida na Terra. A questão hoje é o agravamento dessa tendência natural. Os cientistas estão de acordo de que, se há CO2 (dióxido de carbono) na atmosfera, a Terra irá, em algum momento, passar por um período de aquecimento. A questão se resume a quando se dará este aquecimento. Grande parcela da população mundial que vive próxima ao mar enfrentará sérios problemas, pois tem-se verificado o aumento do nível dos oceanos. E mesmo que parássemos de emitir os gases que formam o efeito estufa, o nível do mar continuaria subindo. O aquecimento do planeta já faz parte de um processo natural do sistema. A liberação do CO2 agrava o problema.

Planeta - O que pode ser feito para evitar o efeito estufa?

W.W. -Nada pode ser feito. Até porque, no momento, ninguém vai parar de consumir combustível fóssil, assim como as queimadas não vão parar nos países que a utilizam. Portanto, não há chance de se interromper a emissão de gases poluentes para a atmosfera. Assim que nossas reservas de combustível fóssil se esgotarem, a quantidade de CO2 chegará ao máximo e levará aproximadamente mil anos para se dissipar. Caberá aos oceanos absorver o CO2.

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Assim, percebe-se que o aquecimento global -efeito estufa- está intimamente ligado aos efeitos já naturais da terra, como por exemplo, segundo Warren Wiscombe, as nuvens também colaboram contra e a favor a esse efeito. Porém, grande parte do aquecimento e do aumento do nível das águas oceânicas se devem por causa da queima dos combustíveis fósseis, que podem sim ser diminuídas -ao contrário do pensamendo de W.W.-  com criação de uma sociedade cada vez mais sustentável.

Fonte: Planeta COPPE