Processos do Pólo
Depois que o petróleo é extraído, ele é refinado para produzir alguns subprodutos, como a nafta (principal matéria-prima da cadeia produtiva da petroquímica e do plástico no Brasil, seguido do gás natural), gasolina, diesel e gás. Esse subproduto, Nafta, vem da Refap (estatal da Petrobras) e chega ao pólo através de tubulações que a levam até o sistema de processamento petroquímico. Ela pode também vir por meio de um terminal portuário, que tem um monitoramento biológico, por meio do transporte ferroviário ou então pelo Rodoviário. Lá no pólo ela passa por três gerações distintas, até chegar ao nosso dia-a-dia.
Gerações
- A primeira geração consiste no craqueamento da nafta, que resulta nos insumos necessários para a produção de resinas – importantes para a segunda geração - como o eteno, o propeno e aromáticos. Ela é armazenada em tanques redondos (gás) e no formato cilíndrico (líquido). Esses tanques possuem como medida de segurança, um teto móvel, pois a nafta é muito volátil. Outra medida de seguranças são os flares, que são torres onde no pico ficam acesas chamas para que se algum produto vazar ele é queimado, evitando assim alguma situação catastrófica.
- A segunda geração consiste na produção de resinas, tais como o polietileno e o PVC do subproduto eteno e o polipropileno do subproduto propeno. Estes são chamados de resinas termoplásticas, porque quando aquecidas amolecem, permitindo que sejam fundidas e moldadas inúmeras vezes.
- A terceira geração é quando as empresas transformadoras de plástico (terceirizadas) utilizam as resinas da Braskem para fabricação de embalagens, brinquedos, componentes automotivos, utilidades domésticas, peças para a indústria eletroeletrônica e para a construção civil, entre outros.
A Braskem é rodeada por um 'cinturão verde' que nada mais é que uma área verde, ou uma mata, que isola os complexos do pólo e reduz o impacto sonoro devido às atividades industriais. Outro fator benéfico para o meio ambiente é que as emissões do pólo não são prejudiciais, já que são somente vapores de água, sendo que todos os processos petroquímicos da Braskem são monitorados por órgãos regulamentadores, como a Fundação Isobotânica.
Na Corsan Sitel (Superintendência de Tratamento de Efluentes Líquidos), os efluentes que vem do pólo, passam por vários tratamentos até poderem ser devolvidos novamente à natureza. Para que esses efluentes possam ser tratados, a temperatura, o ph e outros do mesmo têm de estar adequados à Sitel. São classificados em orgânicos e inorgânicos, onde o mais complexo é o orgânico, já que tem de passar por processos físico-químicos e biológicos. Porém, os inorgânicos só necessitam de um polimento final.
Na Sitel, os processos de tratamento se dão em três etapas.
1º. São eliminados os materiais flutuantes e grosseiros;
2º. É eliminada a matéria orgânica através do processo de lodo biológico (bactérias que degradam a matéria).
3º. No processo de filtração, são eliminados os sólidos remanescentes;
4º E por fim, o efluente orgânico tratado se junta ao inorgânico e é conduzido para as lagoas de estabilização em série, para polimento final. O efluente finalmente é disposto sobre o solo por aspersores e tubulação perfurada. O lodo em excesso, gerado no processo na etapa secundária, é disposto no solo em local chamado "Fazenda de Lodo".
A SICECORS (Sistema Centralizado de Controle de Resíduos Sólidos do Pólo Petroquímico do Sul). O SICECORS recebe, dispõe e trata os resíduos fazendo uso das unidades operacionais:
- Aterro sanitário (resíduos de linha verde)
- Valo de Tratamento e Disposição (Resíduos de linha amarela e vermelha), que são valos de concreto ou argila, revestidos com filme impermeabilizante.
- Pátio de estocagem: área destinada à armazenagem provisória de embalagens e tambores.
As unidades operacionais são preparadas de modo a evitar-se a contaminação do solo, águas subterrâneas e superficiais.
O líquido resultante destas unidades é encaminhado à bacia de Equalização, através de sistemas de drenagens. Desta bacia o efluente líquido é encaminhado ao SITEL para tratamento.
Classificação dos resíduos sólidos:
- Resíduos Sólidos Comuns (Linha Verde): resíduos provenientes das limpezas das áreas de escritórios, refeitórios, sanitários e similares, passíveis de decomposição biológica;
- Resíduos Sólidos Industriais Especiais (Linha Vermelha): resíduos provenientes do processo industrial e/ou sistemas de tratamento e efluentes não passíveis de tratamento convencional.
- Resíduos Sólidos Industriais (Linha Amarela): resíduos provenientes do processo industrial e/ou sistemas de tratamento de efluentes não biodegradáveis, não perigosos, insolúveis em água, podendo receber um tratamento mais simplificado.
1 comentários:
Ótimo.... só faltou a fonte de algumas informações e das imagens.
Abraço!
Postar um comentário